Em um antigo mosteiro budista um jovem monge
questionava o mestre:
-- Mestre, como faço não me aborrecer?
Algumas pessoas falam demais, outra são ignorantes,
algumas são indiferentes.
Sinto ódio das que caluniam.
-- Pois vivi como as flores!!! - advertiu o mestre.
-- Como é viver como as flores? – perguntou o discípulo.
-- Repare as flores - continuou o mestre,
apontando os Lírios que cresciam no jardim.
-- Elas nascem no meio do esterco, entretanto,
são puras e perfumadas.
Extraem do adubo, do mau cheiro,
tudo que lhes é útil e saudável, mas não permitem
que o azedume da terra manche o frescor de suas pétalas.
-- É justo angustiar-se com as próprias culpas,
mas não é sábio permitir que os vícios dos outros o importunem.
Os defeitos deles são deles e não seus.
Se não são seus, não há razão para aborrecimento.
-- Exercite, pois, a virtude de rejeitar todo mal
que vem de fora
Isso é viver como as flores.
(Autor desconhecido)