A noite é escura, o céu sem luar.
A chuva cai fina e eu me deixo levar.
Os carros passam velozes,
Ouço vozes ao redor.
A solidão espreita, sorrateira
E eu decidida, no compasso do coração
Ando ligeira, caminho rápido,
Em busca do tempo, que apressado,
levou consigo minha paixão...
Sem Gal, sem Chico relembro a lua
Que me sorria estrelas
Entre gazelas que voavam ao redor.
E nós em beijos perfumados
Da tua lavanda que me inundava a pele
Doce o teu cheiro... acalanto de mulher.
Havia fogo na lareira crepitando.
Amor brindado à teu vinho predileto
Meu coração, teu coração
E um só palpitar
Eu e você... tua mão flutuando
carinhos em meus cabelos molhados.
E eram corpos, feito laço em perfeição
E uma canção, trilha sonora de nós dois
E depois do transbordar de tanto amor
Você ouvia quase adormecido
Bethania que comigo cantava
- depois de ter você... pra que amendoeiras?
E enquanto a chuva continua a me molhar
No tempo passado, busco tua imagem...
E vou morrendo de saudades de você.
©Verluci Almeida/ Arlete Castro
23-01-2007
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