REMINISCÊNCIAS
Entre o horizonte que se desenha
na cabeceira do infinito
e o sonho que soterro na areia
desta praia sob os pés,
há algo que a espera semeia e desvenda
- esta imensa saudade!
No desmonte de tudo que fomos
nada conforma mais a dor,
que os pomos que ainda trazemos nos dentes
da rosa dos corpos mastigados,
da maçã devorada, sorvida até às luzes do dia.
Meu amor, tão mínimo diante de tudo,
Nosso amor, tão menino diante do mundo
e as vãs promessas de infinito ...
e hoje, mudo, amarga a distância,
como a criança amarga o castigo.
Sozinhos,
- peito em chamas que queimam sem arder,
mas que devoram, que corroem quem ama -
estamos !
Numa solidão que é mais que estar sozinho
É como não estar,
É como não ser !
E diante desta vastidão de nada,
de absolutamente nada querer,
procuro na linha de horizonte
que a esperança rabisca no olhar,
algo que, de leve... delineie você !
® Mauro Veras & Verluci Almeida
21/11/11
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