FINADOS
Tardinha se faz...
É a hora do lusco-fusco.
Dia de Finados!
Nas longínquas tardes de domingo
Imensa mangueira em nosso quintal,
Voce a me balançar, meu Pai!
Ouço ao longe, minha voz pedindo
- Mais alto, Papai... mais alto!
Você sorria... eu me divertia.
Olhando a nuvem branquinha
Fechava os olhos e num impulso,
Imaginava meus pés tocando-a.
De repente, tudo se embaça.
Deslizando devagarinho...
Queda a lágrima sentida.
Sinto muito sua falta meu Pai!
- Saudades!
©Verluci Almeida
02/11/2009
Direitos Autorais protegidos
pela Lei 9.610 de 19/02/98.
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POEMA DE FINADOS
Amanhã que é dia dos mortos
Vai ao cemitério. Vai
E procura entre as sepulturas
A sepultura de meu pai.
Leva três rosas bem bonitas.
Ajoelha e reza uma oração.
Não pelo pai, mas pelo filho:
O filho tem mais precisão.
O que resta de mim na vida
É a amargura do que sofri.
Pois nada quero, nada espero,
E em verdade estou morto ali.
Manuel Bandeira
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