
Alta noite, lua quieta,
muros frios, praia rasa.
Andar, andar, que um poeta
não necessita de casa.
Acaba-se a última porta.
O resto é o chão do abandono.
Um poeta, na noite morta,
não necessita de sono.
Andar... Perder o seu passo
na noite, também perdida.
Um poeta, à mercê do espaço,
nem necessita de vida.
Andar... - enquanto consente
Deus que seja a noite andada.
Porque o poeta, indiferente,
anda por andar - somente.
Não necessita de nada.
Cecília Meireles

Ⓒ Ⓤ Ⓡ Ⓣ Ⓐ ➜ minha página de poesias
já com 40.800 curtidas.
CLIQUE AQUI
CLIQUE AQUI
Verluci Almeida | ![]() |
MAGISTO.COM - VÍDEO - CLIQUE AQUI -
THE BEST - EDITOR PHOTOMANIA - CLIQUE AQUI -
MINHAS POESIAS NO FACEBOOK - CLIQUE AQUI -
MEU TWITTER - 47.300 seguidores - clique aqui -
