No canto do pássaro que corta o silêncio.
Na voz do trovador solitário.
No murmurar do vento que rebelde,
despenteia meus cabelos.
Sonho-te como metade...
A outra metade.
A completar os meus dias...
A acariciar meus sonhos.
Sonho-te, na noite dos meus pensamentos.
Seguindo-te no horizonte das minhas vontades.
Revelando-te todos os segredos do meu corpo.
E te guardando nos meus silêncios.
Sonho-te, como cavaleiro andante.
Sonhando-te homem-criança.
Detendo em mim toda a doçura de tua boca,
e a meiguice de teu olhar.
Apenas sonho-te!
Vera Beaucamp