Minh’alma, de sonhar-te,
anda perdida
Meus olhos andam
cegos de te ver !
Não és sequer a
razão do meu viver,
Pois que tu és
já toda a minha vida !
Não vejo nada
assim enlouquecida ...
Passo no mundo,
meu Amor, a ler
No misterioso livro
do teu ser
A mesma história
tantas vezes lida !
"Tudo no mundo é
frágil, tudo passa ..."
Quando me dizem isto,
toda a graça
Duma boca divina fala em mim !
E, olhos postos em
ti, digo de rastros :
"Ah ! Podem voar
mundos, morrer astros,
Que tu és como Deus.
: Princípio e Fim ! ..."
(Florbela Espanca)
Sєjαм Bєм-Viηdσs!!!
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