Cosmo:
O desejo da suposta perfeição humana
Fere o coração de um amigo.
Mal sabe ele que os mapas do mundo
Não são os mapas da vida
Que durante a historia
O possível decente
Foi trocado por coisas
Que teriam a aparência de decência
Mas fariam da vida humana
O vazio da loucura que tanto vemos.
O desejo de não ser o que é
Sem entender que os fantasmas
Há muito tempo deixaram os castelos
E habitam o que somos
Deixa o consciente com medo
Destrói as verdades tentando
Impor mentiras
E as pessoas sofrem sem solução.
Para viver
É preciso encarar a vida nariz a nariz
Dizer não as vezes as palavras
Até bem intencionadas de outros
Que não sabiam
Rir da loucura como quem ri
Do espelho no avesso.
Que só ele vê.
Quem se violenta
Não aprende
Apenas chorar
Como se o choro fosse
Uma forma de viver.

Cosmo Palasio de Moraes Jr