Um mendigo na rodoviária
Sou poeta da tua dor,
Da tua sangria,
Sei tudo que tu sabes,
E o que não sabia,
Tens sentimento alado
Com sede de euforia,
Que vai enganando amado,
Como se podia!
No momento eu sou o teu ato,
Eu sou a magia,
Eu sou a outra fase,
Que se fazia,
Eu durmo na tua sarjeta,
Como pobre e alheio,
Vejo quem passa e quem veio,
Como eu criação de proveta,
Assim como cria do teu seio,
Bate em berrante um pisoteio,
Que não se sabe mais
Quem foi ou quem veio,
Como um ser de outro planeta.
Suêldo Varela Revorêdo
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