A participação no banquete do Reino é dom de Deus
A refeição na casa de um dos chefes dos fariseus (cf. 14,1) foi repleta de muitos ensinamentos da parte de Jesus. Podemos dizer que a exclamação de um dos convivas é, certamente, um autoelogio. A essa exclamação Jesus responde com a parábola dos convidados ao banquete. A participação no banquete do Reino não é mérito pessoal, é dom de Deus. O banquete é símbolo do Reino de Deus. A participação nesse banquete depende do convite feito por quem preparou e oferece o banquete. Os convidados podem, livremente, aceitar ou recusar o convite. O servo que, repetidas vezes, sai para chamar os convidados para o banquete é símbolo de todos os servos de Deus que, em todos os tempos, por mandato de Deus, anunciaram e interpelaram o povo de Deus a participar da festa da comunhão com o Senhor e a viver os valores do seu Reino. Os que se recusam, dando desculpas, é o povo de Israel que resiste a entrar no dinamismo do mistério do Reino de Deus revelado na pregação e nos gestos de poder de Jesus. No entanto, o anfitrião não renuncia à festa. Ele abre as portas da sala do banquete àqueles que se sentiam excluídos da mesa ordinária e do convívio social. É a generosidade do dono da festa que é exaltada. Jesus, “porta das ovelhas” (cf. Jo 10,7), é quem abre as portas da sala do banquete à participação livre de todos, sem exceção.
Pe. Carlos Alberto Contieri, sj
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