O Deus presente que muda qualquer situação”
Padre Luiz Carlos de Oliveira
Estava próxima a Páscoa
Suspendemos a leitura do evangelho de Marcos e leremos na liturgia dos próximos domingos o capítulo seis do evangelho de João que proclama o discurso de Jesus sobre o Pão da Vida. Sabemos que João não relata a instituição da Eucaristia na Última Ceia e sim, dá-nos o sentido dela. João ensina o que significa crer e viver a Eucaristia como profissão de fé em Jesus e como alimento que dá a Vida Eterna. Para isso diz em primeiro lugar que a Eucaristia é Páscoa: “Estava próxima a Páscoa, a festa dos judeus” (Jo 6,4). João inicia o discurso do Pão da Vida com a multiplicação dos pães e dos peixes. A fé nos leva a crer em Jesus. Crendo nos alimentamos com o Pão partido e partilhado que é o Corpo e o Sangue do Senhor. A palavra peixe não se refere só a um recheio do pão, como se fosse um sanduíche. A palavra peixe em grego dá um monograma de Cristo: (ICHTYS) Jesus Cristo Filho do Deus Salvador. É como uma profissão de fé. Fazendo a multiplicação dos pães, Jesus faz o primeiro gesto da Eucaristia: parte o pão para distribuir. Deus, pela morte de seu Filho dá-nos Jesus como alimento a ser partilhado. Todos recebem do Pão da Vida, Jesus em abundância. Ensina que, quando comemos deste pão, aprendemos partilhar com os outros nossa vida e o que temos. Por isso partiu e repartiu. É de cinco pães e dois peixes que se faz a multiplicação. É o pão dos pobres, não de trigo, mas de cevada. O pouco que uma mamãe preparara para seu filho pequeno, torna-se alimento para todos. É um pão que tinha sabor de mãe. Tão poucos pães, repartidos alimentaram todos e ainda sobraram doze cestos, número das doze tribos de Israel e dos doze apóstolos. É o antigo e o novo povo. Jesus é alimento para todos. Todo aquele que crer terá a vida eterna. Todo o que comer deste pão viverá para sempre, O pão que Eu darei, é minha carne para a vida do mundo.
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