O Deus presente que muda qualquer situação”
Padre Luiz Carlos de Oliveira, Missionário Redentorista
“Se o grão de trigo não cai na terra...”
Aliança no coração
A misericórdia de Deus nos abraça nesta Quaresma com as contínuas propostas de aliança que fez com nossos antepassados na fé. Houve um crescimento na comunicação de Deus com seu povo a partir de Noé, passando por Moisés e pelos profetas até chegar a Jesus. Nele aconteceu a aliança nova e eterna.
Em Cristo, estamos em comunhão com Deus. As alianças sempre foram seladas com sacrifícios simbólicos de animais. A eterna aliança é selada e garantida pelo sangue do Cordeiro que com sua morte e ressurreição, lavou nossas almas e nos adquiriu para Deus.
Esta aliança não é feita somente com o povo escolhido, mas com todos os povos, como lemos no evangelho. Marcos narra que um grupo de gregos chegou a Filipe e disse: “Queremos” ver Jesus (Jo 12,21). A atitude dos gregos mostra para Jesus que já é o momento de sua glorificação, isto é, de sua morte na cruz e de sua ressurreição. O caminho da redenção acontece primeiramente em Jesus e é apoiado em sua obediência. O acolhimento da vontade do Pai é causa de salvação a todos que Lhe obedecem.
A obediência é sinal da interiorização da aliança feita no coração. A morte e ressurreição de Jesus não são somente acontecimentos, mas entrega obediente ao Pai. Ser discípulo é ser como o Mestre: “Se alguém me quer seguir, siga-me, e onde eu estou estará também o meu servo” (Jo 12,26).
Esse lugar é a cruz que é a obediência ao Pai. Por isso é preciso perder a vida para ganhá-la. Perder a vida é colocar-se em condição de permanente escuta do Pai. O salmo nos oferece o caminho para o acolhimento da vontade do Pai: “Criai em mim um coração puro, dai-me de novo um espírito decidido” (Sl 50). A Quaresma é o momento ritual para essa renovação do coração. A Páscoa penetra toda a vida. Por isso caminhamos com alegria como Jesus.
Entre gritos e lágrimas
•─────““:.>ﻺﻍFr@nﻺﻍ<.:““─────•