Lembro-me ainda, pai, daquelas manhãs em que sentia seu beijo sobre a minha testa,
suas mãos alisando meus cabelos, ajeitando os cobertores e depois saindo do meu quarto
nas pontas dos pés. Eu fingia que dormia, pai.
Como era bom ouvir seus passos vindo para perto da minha cama ...
sentir que seus olhos me fitavam com tanto amor (quase devoção).
Docemente eu adormecia, sonhava com anjos vestidos de todas as cores
e todos eles tinham os rostos iguais ao seu.
Eu acordava, ainda sob a magia do seu toque, do seu carinho,
da sua presença angelical e protetora.
Você sempre me pareceu o mais bonito de todos os homens, o mais inteligente,
o mais sábio, o mais feliz só por me saber no mundo ...
eu, sua semente germinada, seu fruto favorito, sua flor mais bem cuidada.
Lembro-me ainda, pai, das brincadeiras no quintal,
dos safanões pelas minhas travessuras, do seu remorso depois.
Sabe, pai?
Eu me aproveitava dos seus remorsos para pedir coisas que queria
Sєjαм Bєм-Viηdσs!!!
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