1.3. As Eras das Árvores

O segundo reinado dos Valar foi chamado Valinor, e sua principal cidade erigida sob o título de Valimar. Para substituir as lâmpadas, resolveram plantar duas árvores mágicas, Laurelin (a dourada) e Telperion (a prateada), que mediam tanto quanto as torres estilhaçadas. Para proteger Valinor de Morgoth, os deuses ergueram as montanhas Pelóri, as maiores já concebidas: deu certo, mas elas impediram a luz das árvores de chegar à Terra-Média, que passou todo o período imersa na escuridão. Foi durante As Eras das Árvores que os seres inteligentes foram criados: as águias, os ents, os anões. Os elfos também surgiram nessa época, mas nos solos da Terra-Média. Isolados nas Terras Imortais, os Valar souberam do nascimento da nova raça e resolveram dar um basta ao império de Melkor. Fizeram um conselho de guerra, capturaram o ser maligno e o levaram acorrentado para Valinor. Os elfos também foram convidados a se mudar para o outro continente. Os que aceitaram foram divididos em três raças (Vanyar, Noldor e Teleri), que prosperaram sob a luz das árvores. Com o passar dos anos, Melkor convenceu os irmãos de que estava regenerado e foi libertado. Em segredo, ele passou a fomentar a queda de todos, injetando intriga, ambição e discórdia entre os elfos. Seu crime máximo veio depois: se uniu à aranha negra, Ungoliant, e juntos mataram as duas árvores dos Valar. Não satisfeito, ainda assassinou o rei dos Noldor, roubou as jóias mágicas chamadas de Silmarils, e voltou à Terra-Média.