Nós, os dias e as noites.
A vida é um Caminho de muitas curvas, muitas surpresas... Às vezes ficamos preocupados em querer saber o que vem depois da próxima curva. Outras vezes, tentamos encurtar o Caminho, buscando ‘atalhos’... Mas, quase sempre, nos perdemos na nossa própria “esperteza”, e somos obrigados a retornar e pegar o Caminho novamente.
Quando escurece, e como não podemos deixar de seguir em frente, caminhamos apreensivos, escutamos barulhos, vemos vultos, sentimos medo...medo da noite... do desconhecido...
Quase sempre, quando amanhece, é só alegria. Aceleramos o passo e cantarolamos uma canção-de-ser-feliz. A manhã nos energiza, afasta os vultos da madrugada.
Mas, o anoitecer é inevitável. Sempre anoitece...É o momento feto. Momento de encolher-se dentro do próprio ventre...no casulo da solidão, dos medos..., na ansiedade de um novo amanhecer...
Quem sabe viver encara a noite!!...
Vive melhor quem é capaz de aceitar que o sol é das manhãs e, as estrelas, das noites.
Vive melhor quem ousa tentar mudar e ‘ mudar-se’; quem tem coragem de buscar alternativas; quem acredita que é capaz de rasgar o útero e (re) nascer mesmo nas noites ou madrugadas da vida...
(ValCris)
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