Uma, duas...
Gotas de chuva...
Simples, humildemente
Escorrem pela vidraça...

O que faço com elas?

Tão desanimadas...
Tão sem ‘porquê’...

Mas,
São duas...
Duas gotinhas!
Que deslizam pelo vidro...

Se são ‘duas’,
Deve estar sendo ‘menos pior’...

Aff...

Se eu pudesse
Resgatar essas duas ‘personagens’
Que a vida me faz
Assistir, e nelas ‘refletir’...[ ... ]

Duas gotinhas!

Quem se importa com elas?

Ahhhhh.... eu me importo!.
(Deslizam tão sozinhas...)

Fico aqui,
Olhando e...
Querendo saber onde
Irão repousar.

Não me diga você
Que elas
Não lhe são importantes!!!

São duas gotinhas que
Deslizam e se perdem
Em algum lugar...

Quem, saberia contar
O deserto de duas gotinhas?

Eu sei!

Eu sei!

E, por saber...
Fico aqui...
Olhando,
Observando...

As duas gotinhas
Que se esparramam
Na solidão
De vidros
Tão frios ...
Tão frios...

(Que haja a Primavera!)
(Eu creio! Eu quero!)

(Val)