Onde está a poesia?
Procuro por que de mim
Cobram a tua existência...
Não imaginam o ‘parto’,
Nem as sequelas e cicatrizes.
Apenas cobram-te ‘em’ e ‘de’ mim...
Debruço-me naquele riacho.
Em meio a folhas agarro os galhos
[- secos e frágeis - ...],
Ergo ao azul a certeza do teu nascimento...
E, a mim, chegas fragilizada,
Minha poesia em versos reticentes.
Irreverente, ergo-te numa Estrofe Maior!!
Louvo-te, pois és única!
Única por que és minha!
És minha doce fração de existência!
És triste, hoje, em gota de uma lágrima...
Mas, o amanhecer espera-te
No berço, na sonoridade dos versos,
No mais que-perfeito estilo,
Em modo e tempo...
Chega, minha poesia!!!
Teu é meu coração
Em berço de Paz...
(VALéria CRIStina)