Agora...
Entendo bem...
De perder o autocontrole por sentir a saudade latejar.
De amar ao sabor do vento, e sentir o beijo da lua.
Entendo a dor de uma vida vazia de ternuras.
Conheço a face fria do tempo
Marcando horas inúteis...
Sei de não saber pôr pra fora,
deixando palavras perdidas por aí.
E sentir somente o vacuo e o silêncio da vida.
Conheço a ausencia de sonhos, a fome dos beijos.
Entendo o vazio que de repente surge.
E sei por que paira no ar, a mesma interrogação.
Entendo essa vontade absurda de ser, e de ter.
E de amanhãs, que talvez nunca sejam hoje.
Por que algumas janelas insistem em não abrir...
Hoje sei...
Que apesar da minha eloquência...
Esse amor me emudece.
E faz, em páginas nuas, dormir meu sonho.