Leia a Biblia
Renovar as forças é dar uma nova razão para viver
As dores de Maria não são de desespero, são de confiança, de esperança de uma mãe que nunca tirou o seu coração de Deus!
“Mulher, este é o teu filho”. Depois disse ao discípulo: ‘Esta é a tua mãe’” (João 19, 26-27).
Na sequência da Festa da Santa Cruz, celebramos Nossa Senhora das Dores, a mãe dolorosa de Jesus, aquela de quem o profeta Simeão profetizou quando Jesus ainda era criança nos seus braços: “Quanto a ti, uma espada te transpassará a alma” (Lucas 2, 35).
A alma de Maria é transpassada por essa espada por toda a vida. Por causa do seu filho, ela não é compreendida num primeiro momento nem por José; por causa do seu filho, ela precisa fugir para o Egito para que Herodes não mate aquela criança. Ela perde seu filho no templo porque, num primeiro momento, não compreendeu qual era a missão d’Ele [seu filho].
Por causa do seu filho Jesus, ela que tinha n’Ele seu filho único, vai viver sozinha porque, Ele vai cumprir sua missão e José vai para a casa de Deus Pai.
Mas, ela é a mãe dolorosa que está aos pés da cruz vendo seu filho sofrer a pior das humilhações humanas; seu filho que derrama Seu sangue por terra, é açoitado, desprezado, é humilhado.
Que doloroso para uma mãe, seja qual mãe for, ver um filho morrer! A Virgem, Mãe das Dores, é a mãe que consola todas as mães: aflitas, agonizantes, que vivem a saudade dos filhos, que choram a perda de seus filhos; mães que tentam engravidar e não conseguem, mães que buscam luz no céu para criarem seus filhos, mães que não são compreendidas e amadas como deveriam ser pelos filhos.
Maria é mãe companheira, consoladora. É a mãe que soube enfrentar todas as dores que uma mãe enfrenta e transformou suas dores não num inferno, mas, como porta de chegar ao céu! Maria é a mãe que olha para o olhar de cada mãe e diz: ‘Você não está sozinha!’. Maria é a mãe que ajuda cada mãe a carregar seus filhos nos braços; filho criança que chora, que está carente; o filho adolescente com todos os seus problemas e dificuldades; o filho que se perdeu no mundo das drogas; o filho que vive o drama do alcoolismo; o filho que busca soluções para sua vida.
Hoje, convido cada mãe a olhar para a Virgem, Mãe das Dores. As dores de Maria não são de desespero, são de confiança, de esperança de uma mãe que nunca tirou o seu coração de Deus!
Que nossas mães possam, a cada dia, olhar para a Virgem Mãe e não perder a esperança nem a direção do céu!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo