Tanto brilhava a luz da Lua clara,
que para ti me fui encaminhando.
Murmurava o arvoredo, gotejando
água fresca da chuva que estancara.
Longe de prata semeava a seara. . .
O teu castelo, à Lua crepitando,
como um solar de vidros formidando,
vi-o como ardentíssima coivara.
Cantigas de cigarra na devesa. . .
E, pela noite muda, parecia
cantar o coração da natureza.
Foi então que te vi, formosa imagem,
surgir entre roseiras, fria, fria,
como um clarão da Lua na folhagem.
Oscar Rosas,