E o interior torna-se uma prisão
E o pensamento mantém-se como confidente amigo
Porque os erros superam as virtudes
E castigam impiedosamente a alma
Sentimentos misturam-se na iminência de mostrar o que sinto
Mas as lágrimas
Antes chaves da masmorra do ego
Agora guardiãs dos sentidos
Cerram os olhos do mais íntimo desejo
E mantenho-me recolhido
A saudade,
a vontade,
a tristeza,
rondam agora o meu viver
E me impedem de expandir o brilho da vida
Mas aguardo
E antes que os fantasmas da agonia me dilacerem o peito
E sufoquem minhas súplicas
Espero encontrar o sentido de ser
E possa
Enfim
Sorver a vida
E voltar a acreditar que existe razão
Para se estar sozinho
(Bruno Timponi)