Aliança! algema divina
A mais dôce das prisões,
Uma prisão pequenina
Que encerra dois corações.

Modesta joia, em verdade
Porém, que vale um tesouro
É toda a felicidade
Dentro de um circulo de ouro.

Na mão direita figura,
Como penhor de afeição
Mas, é completa a ventura
Se mudar para a outra mão.

Rodinha frágil e fina
Que mais parece um brinquedo
Com ela, qualquer menina,
Prende um rapaz pelo dedo.

Élo solto da corrente
Que Deus forjou de amor puro,
E que através do presente
Liga o passado ao futuro.

Elo de ouro e esperança
De horas risonhas e calmas
Felizes dos que na aliança,
Acham a aliança das almas.

Na velhice, lembra o mundo
Dos sonhos da mocidade
Depois... duas num só dedo.
Um vive... outro é saudade.