Faces da dor
IV
Quem lhe roubara a vida do teu peito?
Quem virá enxugar tamanho pranto?
Será quem tu fizera sofrer tanto?
Poderemos desfazer o mal já feito?
Se foi tua liberdade e teu direito
De escolher tal destino! Se é quebranto
Já me isentei de culpa! Dei-te um manto
De amor, mas, tu o achastes imperfeito
E amor desprezado dói em dobro
Do que o vivido, morto, enterrado
Mas nem por isso ofensas lhe malogro...
Então não vou clamar como pascácio
Aos teus pés farelo já infetado
De pesar... Não vou mais viver vazio...
Sol
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