O saber da calma
Suêldo Varela Revorêdo
Deus, quem dera eu faça parada,
Onde as árvores nasçam viçosa,
Onde torne minha alma frondosa,
Onde os pássaros façam morada.
Do bem-te-vi, do sabiá, do beija-flor,
Do pacato, do saber da calma,
Onde amenizem as magoas da dor,
Onde meus olhos espelhem minha alma.
E quem dera da dor fazer um suave canto,
Para minha alma em choro contemplar,
Fazer das pelejas o encanto,
Que tanto faz meus olhos chorar.
Para ser tanto, que me faça surgir,
Das cicatrizes que me faz pronto,
Das diretrizes que me fez o pranto,
Para do suave canto nunca mais fugir.
Fiz-me poeta na dor,
Contento-me com o que resto,
Pois, o que me falta resta-me no gesto.
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S O L
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