O SEMEAR DO AMOR
Nunca é por demais tarde.
Jamais o tempo faz-se ausente
Que nesse momento cesse o grito
O lamento que invadiu
Destruindo a melhor parte do que na alma existia
Apanhados de sonhos somados, idealizados
Transformados em belas e coloridas flores
Guardadas, armazenadas, enfeitadas
Delicada e esmeradamente
Em lindas cestas, bouquet e ramalhetes
Flores colhidas nos jardins suspensos
Da projeção mental de um amor imaginado, imortal!
Todavia, em oposição à eternidade
As estações passaram e do calor a fertilidade
O clima tornou-se seco e árido
A beleza, o brilho e as cores das flores
Inexoravelmente, findaram.
Se foram incitados ou por descuido, facilitados,
Já não mais importa.
Quiçá, delírios procrastinados da razão.
Entretanto, sempre existe tempo para que a existência
Ensine o semear, em outros jardins, com exatidão.
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***Sol***