Hoje, se quiser, se puder, se souber, me fala de você.
Do pedaço de doçura que não foi maculado.
A partir daquilo em você que continuou a acreditar na ternura,
a se encantar e a se desprevenir, apesar de tantos apesares.
Fala das pessoas que não têm o seu sobrenome,
mas são familiares pra sua alma.
A gente pode rir dos cárceres onde se prendeu
e levou um tempo imenso pra descobrir que
as chaves estavam com você o tempo todo.
Então apenas senta ao meu lado
e deixa o meu silêncio conversar com o seu.
Às vezes, a gente nem precisa mesmo de palavras.
-Ana Jácomo-
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