" Poço vazio ... seco secura.
Nada no fundo.
Foi-se a vida ... (água)
Perdeu-se as esperanças.
De joelhos,
Pedindo com fé,
Implorando aos Santos
O milagre da chuva
Para a sua sede matar.
Mas nada lhe chega,
Além do sol escaldante,
Da fome,
Da terra ardente,
Da pele e da alma,
Enrugadas pelo sofrimento.
A seca sem descansar,
Segue devorando
O que respira ao seu redor.
Esquecido e órfão de Pátria,
Ninguém se importa,
Com a realidade do sertão
Com a vida do "Seu Sebastião"
Com o corpo
Sem uma gota d"água,
Nega ao nordestino
Seu último pedido.
O de uma lágrima,
Seus lábios tocar.
Com o corpo repousado no chão
E as mãos elevadas aos céus
Solta um breve sussurro,
Pedindo compaixão ... "
=- Bruno de Paula -=
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