VEM AMAR-ME
Ando como uma peregrina na procura
dos teus olhos a me fitar e, carente
choro sentindo-me perdida, ausente
em teu coração, vivendo na clausura.
Nas noites o meu, ainda, com toda ternura,
chama por ti, meu amado, de tão atraente
amor. Vem, tira-me do escuro permanente
em que vivo. Vem, aguardo-te bela e pura.
Vem acalmar o calor dest’alma que se faz,
incendiada, querendo-te, amando-te,
e, de sufocar este desejo é incapaz.
Leva-me a loucura. Vem estreitar-me
nos braços, beijar minha boca voraz.
Vem, ó vida, só penso em ti, vem amar-me!
(Marta Peres)
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