
Lobo...
É tempo de noite de luar - embrenho-me, perdida, em
ternos segredos dos desejos meus. Ouço ao longe o
vento romper folhagens úmidas.
Estendo-me preguiçosa numa rede de largas
varandas e lembro-me das muitas fantasias do
coração - miro-me nos espelhos dos igarapés e
perplexa descubro a imagem do filho da
virgem selva que domina meus sonhos de
travessa Loba – uivo de saudade e de paixão.
Adormeço...Vencida pelo ninar dos sussurros
dos vérgeis. O sorriso nos lábios matreiros - estes
esperam os beijos doces do meu Lobo.
Agora...Agora!...Murmuro tão baixinho,
sonhando ser tempo de me perder em
gozo entre aqueles morenos abraços.
Quem dera! Ter esse tempo...
Há meses que sinto este amor faminto. Vem.
Não há tempo a perder – meu Lobo, o tempo
urge. É fugaz.
Dá-me um beijo ou mil beijos – dancemos
a Dança de Lobos.
(Poétic@)
Carinhos e afagos!!!!!
Mi.
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