
Como se vê nos galhos, em pleno maio, a rosa.
Em sua bela juventude, em sua primeira flor,
tornar o céu mais ciumento de sua viva cor,
quando a Aurora, com seus prantos, ao nascer do dia a asperge;
a Graça, em sua folha, assim como o Amor, repousa,
perfumando os jardins e as árvores de odor;
Mas atingida pela chuva ou calor excessivo,
lânguida ela morre, aberta folha por folha;
Assim em tua primeira e jovem novidade,
quando a terra e o céu honravam tua beleza,
a Parca te matou e cinzas tu repousas.
Por exéquias recebe minhas lágrimas e prantos,
este vaso pleno de leite, este cesto pleno de flores,
para que, vivo e morto, teu corpo seja apenas rosas.
RONSARD, Pierre de
→.●๋♫ کØl ♫●.←
