
"Escuta aqui, cara, tua dor não me importa.
Estou cagando montes pras tuas memórias, pras tuas culpas,
pras tuas saudades. As pessoas estão enlouquecendo,
sendo presas, indo para o exflio, morrendo de overdose
e você fica aí pelos cantos choramingando o seu amor perdido.
Foda-se o seu amor perdido. Foda-se esse rei-ego absoluto.
Foda-se a sua dor pessoal, esse seu ovo mesquinho e fechado."
Caio F. Abreu
In: Lixo e purpurina
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