Quero morrer nos braços de um poema livre
e despertar nas telas de um velho soneto
na espera de que a mão da noite não me prive
das luas e emoções da letra em branco e preto.
Não quero a proteção do acaso ou do destino,
que sempre me negaram o verso completo,
apenas a ilusão, o sono, o sonho e o tino
para voar ao encontro de um canto de afeto.
Flores de laranjeiras, sombras de pomares,
cheiro de terra verde, orvalhos, madrugadas
e a liberdade, enfim, para explodir estradas...
Sem rumo e tempestades, navegar por mares
onde as canções de amor para a mulher amada
são mais do que canções... São pétalas do nada!
( Nathan de Castro)