O presente é um fardo pesado,
Passo dias me arrastando sem querer lembrar,
Dos tempos áureos de amar...
Não vejo mais sorrisos em minha face... Face...
Mascara de imperfeição...
O retrato do imaginário...
Nada é planejado,
Os planos são falhos...
Avisto de minha janela os campos floridos,
O orvalho do mar tem seu predomínio,
Confiança crescendo sem ser plantada...
Encanta-me o orvalho do mar pela madrugada,
Os sonhos são puros,
Os sonhos são únicos,
O presente se perde ao longo da estrada,
Já não é um fardo,
Vejo o cair da mascara
Junto as lagrimas do porvir
E ouço terna voz de um anjo falando assim:
"Pode ir,
Sem medo deve seguir
E onde quer que vá leve consigo a certeza de que vou te acompanhar;
O medo é uma porta aberta,
Que precisa ser atravessada,
O temer é apenas uma virgula,
Que torna longa a caminhada;
Não cultive as lembranças,
Cultive esperança,
Sonhos...
Deixe crescer a criança
Que um dia sonhou descansar nos braços do amor".
ELIZANGELA MONTEIRO