Preciso voltar à vida...
sentir os meus pés
pisarem sobre fragmentos de razão
e com eles compor
uma história que seja real e completa,
para que nos meu sonhos
não persistam resquícios
do que “não foi vivo”,
do que “não fez” o meu coração descompassar.
Para que nos meu sonhos
não persistam resquícios
do que “não foi naturalmente” desejado.
Preciso mesmo,
nem que seja por instantes,
me perder em doçuras e carícias,
me perder em momentos que sejam marcados
pela beleza de uma canção,
pela suavidade de um encontro.
Preciso viver a ansiosa espera
da chegada de afagos e beijos de paixão.
Preciso ter no coração um amor ardente,
que me contagie e me faça suspirar,
que me faça sentir na pele
o calor da chama que preciso para viver.
Lenilce Azevedo