Renúncia
Recebo a serenidade na crença
Sob desespero e ingratidão
Estado não de doença
Apenas atos em vão
Afirmo o constante não querer
No conflito da alma constante
Na vida não mais lágrimas conter
Renúncia se faz a todo instante
No vislumbrar de uma ilusão
De quem sua sabedoria
Torna-se apenas dimensão
Na madrugada vazia
Procuro alcançar alento
Para o poema nascente
Mas a renúncia no momento
Permanece cada vez mais presente
Na madrugada vazia
Vem toda repente inspiração
Para qual a recusa tardia
Não seja somente abdicação
No calar de todas ofensas
Renuncio a tudo material
Para que o sofrer da presença
Seja não mais um grande mal.
Ana Paula Peixoto Fernandes
→.●๋♫ کØl ♫●.←