O AMOR SENTE-SE

Procurei caminhos que não encontrei, outros surgiram e não os segui.
Escrevi-te cartas de amor, agora lembranças no soprar do vento.
E nesta saudade tentei-te esquecer mas não consegui.
São tantos os momentos iguais, são tantas as palavras desiguais.
Realidade ou apenas saudade, amando na noite ou na luz do dia.
Apenas sei que dos sonhos preciso num céu aberto e intenso de poesia.
Deixarei que as palavras me consumam a alma,
Numa esperança que me alimente a minha vontade na tua distancia.
Ontem eras carne da minha carne, hoje uma réstia de esperança
Assim na chama das palavras sorrio querendo acreditar no amor
Assim na penumbra da tua imagem, vislumbro a luz do teu calor.
De nada vale se a vida for uma peça de teatro, sem ensaios,
Ou personagens do passado.
Mesmo seguindo por estradas direitas ou simples atalhos, não negarei a vontade de
ser feliz.
As estrelas nunca brilharão, nem as flores desabrocharão num mar de nostalgia.
Amo mais do que devia, seja por mera utopia ou em simples poesia.

Celeste Leite