Amor próprio

O amor se renova a medida que nós o insistimos. É preciso persistir, se o amor não vai bem, se o relacionamento está frágil, ele só se erguerá se houver persistência, e se fizer outra vez o que se era feito no início.O início é a fase da conquista e se o amor está fraco ele precisa ser reconquistado a cada dia, porque o amor é isso, ele se renova a medida que nós o insistimos. Todo passo que podemos dar em direção ao outro só é possível se primeiramente o damos em direção a nós mesmos. Para tanto é preciso confiança, segurança e especialmente humildade, para reconhecermos nossos limites. Queremos crescer mas não queremos as dores do crescimento. Inevitável. O amor nasce do limite quando reconhecemos que somos limitados e que o outro é a nossa extensão e nos completa. O outro é o braço concreto da intervenção de Deus em nós. O outro quando chega a nós, ele acaba sendo espelho e reflexo dos nossos defeitos. Porque? Porque quando eu vejo no outro aquilo que ele é capaz, percebo em mim, a minha incapacidade de ser como ele, ou de fazer como ele faz. Na mesma medida em que quando vejo no outro a sua incapacidade de realizar ou de ser de certa forma, enxergo em mim a minha capacidade de fazer o que ele não pode fazer, ou de ser o que ele não pode ser.
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