MEIO TRISTE...MEIO AZUL
(Soneto n.284)
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Minha vida vive só de esperas,
esqueceu as doces primaveras
(perdida em gelada indiferença)
e já não há o que a isso vença.
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Hoje, as pessoas são insinceras
e minha alma sofre assim deveras
pois, no fundo, ela agora pensa
que amar é mesmo uma doença.
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E não compensa ter tanta ciência
ser dono de uma boa consciência
já que os deuses não têm coração.
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Eu caminho nesta vereda de solidão
(sob o mágic o céu do Cruzeiro do Sul)
seguindo rota meio triste...meio azul.
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Silvia Regina Costa Lima