DE DENTRO PRA FORA
Aqui no silêncio do meu quarto,
Na penumbra da minha solidão,
Revejo os antigos passos,
Repenso cada emoção.
Essa solidão que me invade,
Acolhe-me e me expõe ao mundo,
Abre meu peito sem alarde,
E me revela inteira em um segundo.
Vejo-me intensa,
Ainda que sem rumo.
Uma profundidade propensa,
A me tirar do prumo.
Fecho os olhos e mergulho fundo,
Nessa alma prolixa, confusa.
Sinto-me afogar em meu próprio mundo,
E me perco em sentidos contrários, de maneira difusa.
Estou dispersa entre os conceitos criados,
Nem sei bem como me revelar.
E de esperança cansada,
Questiono-me se me encontrarei de dentro pra fora...
Ou se de fora pra dentro, alguém irá me encontrar.
Gil Façanha
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