PONTO FINAL
(Soneto n. 128)
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E no dia que tiver que sair irei serena
buscar o porto prometido e definitivo
que me transforme em pessoa plena,
livre pra ter um destino mais seletivo.
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Ao longe, a rota inevitável me acena
(como um passaporte quase eletivo)
a unir adeus/pranto/vela e acuçena,
em momento único, triste...emotivo.
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Se sempre tem o gosto acre de partida
(uma passagem sem nenhuma alegria)
é - eu o creio - início de uma nova vida.
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Então, com confiança, guiarei meu barco,
singrando nesse dia de Luz e de Alforria -
não a um ponto final, mas a outro marco.
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Silvia Regina Costa Lima
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