O VENTO SOPROU
O vento soprou o que tinha de invariável.
Separaram e os levaram embora.
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Dissemos que não iriamos para lados opostos.
Prometemos indiretamente ficar até quando fosse possível,
Até quando houvesse verdade,
Até quando...
Não deu mais.
O vento bateu forte, conduziu-nos pra “distante”.
Como a maresia que me bate, te bate e vai.
Como par sem dois.
Como a onda que vem alta, bonita e morre.
Como as circunstâncias que insistem.
Como todas as dissertações sem resposta.
Como a mania de retrospectiva.
Como as borboletas que aprenderam a voar ao som da nossa canção.
Como tinha e o temporal levou
Como tem e o vento sopra ”naturalmente” pra longe de nós.
Como o ímpar.
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As ocasiões guardadas.
A tinta da memória.
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Tatiane Salles.
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