Voando
Rasgar a carne
Romper o claustro
Voar...
Desatar os nós e os laços
Que aprisionam minha memória
Que maculam minha estória
Respirar pela primeira vez
Aspirar o odor da liberdade
Do meu próprio ser
E ser além do que sou
Quem eu sou.
Encontrar-me no exato momento
Em que me perdi
Livre das cadeias de enganos
Das correntes nos meus calcanhares
Da ilusão de tantos olhares
Livre das algemas da angustia
E dos vícios.
Eu morro como quem vive,
E me prendo ao sonho de ser livre.
E volto a um lugar onde nunca estive.
Eu ás vezes morro como quem vive,
Num pesadelo introspectivo
No sonho em que não sobrevivo.
Claudia Morett
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