Perdoe-me
O amor próprio
O orgulho cego
A magoada estrela no céu da boca,
Perdoa essa minha menina louca
Gritando dentro querendo fugir de mim
Perdoa essa ingratidão no meu silencio
Perdoa eu dizer sempre o que penso.
Perdoa meu coração por amar o que ama
Por desejar o que sonha
Por haver num tempo opaco
Por ouvir aquilo que você nunca diz.
Perdoa a caridade que eu nunca fiz.
Perdoa eu te fazer sentir raiva
Quando deveria ter calma nas mãos insanas
Perdoa essa minha insensata ilusão
Essa bussola desorientada
Perdoa essa minha cara amarrada,
Perdoa e esquece que sou humana demais
Pra não sentir
E honesta demais pra mentir
Pedoa se minto,
A mim mesma muitas vezes
Apenas pra ser fiel aos outros,
Perdoa esse meu desgosto
Minhas fraquezas e minhas incertezas
No fim
Somos só eu e você
E a mesma dor.
E a velha busca de amor
A velha vontade de amar
Até que os olhos se acendam
E as mãos se compreendam.
Não tenho nada a oferecer
Apenas minhas palavras
Apenas meus sentimentos
E eles envolvem a ultima estrela tua
O cadáver do sol entre os planetas
As velhas árvores dentro dos homens
Perdoa minha loucura
Perdoa minha tortura.
Eu não posso odiar tua confusão
Porque compreendo,
Mas me perdoa se ás vezes me ofendo.
É que não me rendo ao que me definha
E essa velha solidão gigante
Não é só sua, é também minha.
Apenas perdoa essa alma em mim,
E o que te doei, mas não tinha
No fim somos dois planetas distantes
Duas estrelas cadentes
Somos iguais como se não fossemos mais,
Sofridos, unidos, ausentes...
Apenas duas flores numa só semente.
Claudia Morett
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