De mãos dadas
Tomei-te pela mão e fomos
caminho afora, em busca de
aventuras, de coisas novas,
de sonhos que não vivemos.
Matar a saudade que temos,
viver a vida enfim.
Ao meu lado estás, rosto calmo,
andar compassado, a mão bem
firme segurando a minha.
Noto que comigo, nada falas
preocupa-me essa tua atitude,
e tentando te ver comigo
conversar, abraço-te, mas ao
mesmo tempo acordo.
Não consegui ouvir a tua voz.
Bom seria, se pudesse, ao sonho
retornar e com as duas mãos
as tuas segurar. Trazer-te
mais junto a mim e em tua boca,
em vez da voz, um beijo nela deixar.
(Roldão Aires)
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