BEMOL DE POESIA
Eu queria ser poeta;
mas não daqui,
Do arrebol...
queria escrever pra
lua,
Pras estrelas prateadas,
queria escrever pro sol...
Queria nas madrugadas,
conversar com o firmamento,
Queria beijar o vento,
com blandícia,
Apaixonada...
colocar bemóis tristonhos,
Semitonar os meus sonhos,
quase tudo, quase nada...
De repente, nesse ton,
numa súplica do som,
Pedi pra ter esse dom,
Me faça Deus ser poeta...
E senti na minha boca,
a palavra vindo louca,
Escrevi tanto, escrevi
nos papeis, muros
e telhas...
versos de cores vermelhas,
extremistas, salivados...
Que alegria! ser poeta!
porque Deus me deu
o dom...
Mas o diabo danado,
quiz que escrevesse o pecado,
Me pôs na boca o baton,
e a minha boca vermelha,
verseja o erótico amor...
Suga as rimas como abelha
suga a libido da flor!!!!
Dorothy de Castro-
→.●๋♫ کØl ♫●.←