Visão interior
Debruçada na janela, observa espantada.
Sorriso murcho, mãos seguras e atadas...
Viaja para dentro de si e descobre inquieta,
Um retrato doce, meigo, num quarto escuro.
Quimera suave de asas fortes batem e batem,
Para alçar as longínquas montanhas,
Olhos atentos que buscam o bem vindo,
Mesmo que avista muito além das manhãs.
E voa livre, feito anjo em seus pensamentos,
Esquece a timidez, e busca a paz nos tempos,
Que um dia achou que fosse seu aliado,
Mas hoje, só hoje, entende ser forjado...
Quase todos os seus sonhos e esperanças,
Mas não se intimida, crês no canto da vida.
E continua ali, debruçada na mesma janela,
Tentado fazer desse momento uma aquarela,
Onde possa re-escrever sua breve história,
Puxando apenas o belo da sua memória,
E só então...ser feliz, muito feliz!
ValquiriaCordeiro
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