MEU CORAÇÃO
Apresento-te meu coração.
Vivido, tenaz, talvez tardio.
Um pouco taciturno, moribundo.
Entregue ao lusco-fusco,
Submerso na tristeza.
Sobrevivente dos ataques inesperados,
Amados, odiados, relapsos, acordados.
Eis meu coração, embora combalido
Mantém-se atento ao vento, à tormenta,
à chuva, ao sol, ao momento do alento.
Se quiseres meu coração,
Terás que abrigá-lo na tua vereda,
Cuidá-lo com poucas lágrimas e sorrisos fartos.
Hás de receber este pulsar que arrebata o meu peito,
Construir um trampolim pra ele se sentir de novo eleito.
* Iara Maria Sanches *
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