Um longo tempo fiquei no casulo. Tão só, tão triste...Tantas dores...Tanta solidão!... Chegou um tempo, em que parecia não me caber mais. Um aperto, quase a me faltar o ar. Eu precisava me libertar!... Um fio de luz reluziu lá de fora. Apenas uma pequenina fresta. Precisei coragem para lutar, e, escancarei a pequenina fresta!... O medo do desconhecido era tamanho. Mas, pela fresta já aberta, aos poucos, fui saindo. Corpo úmido, dorido, cansado... A luz que do casulo eu via, era o brilho do Sol, que, com seu calor, meu corpo secou. O peso se desfez, tornei-me leve, senti que tinha asas...poderia voar!... Ahhh... como são lindas minhas asas!... Entendi que posso voar, agora!... Livre, solta pelo ar... Deu-se então a Metamorfose e deixei de ser uma lagarta para ser eu mesma... liberta das dores e da solidão!... Eu, timidamente... Livre, para Voar!... para Viver!... Para Amar!... Livre, para ser Amada!...