PERDOA-ME
Perdoa-me se meus versos
Nesta fase de nossas vidas,
Mostram-se tristes e frágeis.
É que a tristeza latente
Emudece o canto das rimas
Apagando o lirismo, lentamente.
Perdoa-me então, se minha voz,
Por vezes cala quando deveria falar
E muito fala quando deveria calar.
Perdoa-me se em mim
O teu avesso de homem apaixonado
Fere e transporta a sentimentos
Que deixam meu coração tão sufocado.
Perdoa-me se não sou
E jamais serei o que idealizastes.
Perdoa-me por atirar-me em teus braços
P’ra logo depois, sutilmente,
Refugiar-me ao ostracismo.
Perdoa-me por perder-me
E tentar sempre achar-me em você.
Perdoa-me, pela imensa capacidade que tenho,
De te amar, demais.
©Siomara Reis Teixeira
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