Quando relato sobre as vozes roucas
Que ditam sem parar, frases p"ra minha mente, digo:

- São elas! São elas que estão aqui
A falar, a gritar, a murmurar

E as pessoas olham-me como se eu fosse louca
Bem sei que louca, o sou realmente

E nesta loucura efêmera penso ser poeta
Comporto-me como tal

Alguns até acreditam
Outros acham minha poesia, banal

Alegro-me e sorrio
Alimentando ainda mais esta insanidade

E neste frenesi avalio quem é mais insano
Eu, que sou realmente diferente e as opiniões, indiferente

Ou quase a totalidade desta circense sociedade
Que julga a todos com maldade

Embasada em padrões
de comportamento pré-existentes!



©Siomara Reis Teixeira




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É crime estabelecido pelo artigo 184
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